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Quem nos inspira: Cris CorrĂȘa

Inspiração pode vir de todos os lugares e de todas as maneiras. E já que cada ponto costurado é feito de emoção, nada melhor que compartilhar uma história bacana para inspirar.

Hoje quem aparece por aqui é a Cris Corrêa, criadora da Maenga Toys. Formada em Pedagogia, a paixão da Cris mesmo são os toy arts. Seus monstrinhos, como gosta chamar suas criações, ajudaram-na a superar alguns dos desafios que surgiram no seu caminho.

“Aos 17 sofri um acidente de carro, onde fraturei uma vértebra e por consequência fiquei paraplégica – e, desde então, sou cadeirante. Mudou tudo na minha vida a partir do ocorrido. Tive um período de adaptação, até redescobrir uma maneira de seguir em frente e continuar a viver como todo mundo, entre qualidades e limitações.”

Quando pequena, a Cris conta que sempre ficava olhando sua mãe costurar, mas na hora de colocar as mãos na máquina, não dava muito certo. Ao entrar na faculdade de Pedagogia, ela acabou se envolvendo com diversos tipos de arte e sentiu a necessidade de costurar os seus projetos. No começo, ela costurava parte na mão e pedia para sua mãe finalizar na máquina.

“Bom, se antes eu já não dava conta, depois do acidente nem se quer passava pela minha cabeça tentar. Até mesmo porque para costurar você usa os pés, o que no meu caso não iria dar. Então, no início do projeto eu cortava os bonecos e pedia à minha mãe que costurasse para mim, mas ela tinha as coisas dela pra fazer e minhas coisas acabavam ficando de lado. Foi também nesse período que conheci a toy art pela internet e fiquei louca, apaixonada! Era exatamente a forma que eu precisava apra expressar minhas idéias, tinha – e tem – tudo a ver comigo: o gosto pelo bizarro, diferente, incomum sempre fez parte da minha personalidade. Logo, a idéia de poder criar algo que expressa isso me cativou. Foi quando comecei a criar ‘monstrinhos’.”

Depois de tanto ficar imaginando seus toys, a Cris foi à luta e tomou uma atitude. Sem pretensão, a Cris simplesmente foi lá, colocou o pedal em cima da mesa e adaptou sua Singer Facilita 243 para uma posição que ela conseguisse controlá-lo com o braço. De lá para cá ela não parou mais e hoje tem a Maenga Toys, desenhando e costurando seus monstros.  

A inspiração para seus toys vem de todos os lugares, inclusive da natureza. Para a Cris, na natureza existam tantos insetos e animais de aparência curiosa que chega a ser fantástico! Outras inpirações também vêm de algumas histórias que ela ouve,  nas diferenças e simplicidade das pessoas e são traduzidas em toys de feltro e pelúcia.

“O principal canal de divulgação do meu trabalho sempre foi, e ainda é, a internet. Pela facilidade de acesso e por atingir qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo.”

A Ideia de divulgar surgiu pelo fato da toy art ser uma arte que tem muito mais visibilidade fora da sua região. Alguns anos atrás era muito mais visível fora do Brasil, hoje em dia isso está mudado, mas a Cris sente que na área de plush ainda lá fora seja mais forte. Ela também espera que mude, principalmente, a idéia equivocada de “atacado”, já que toy art é interessante justamente por ser algo único, de edição limitada. Para ela, por ser um “brinquedo arte”, não tem sentido ser feito em grande escala.

Essa é a história da Cris Corrêa e seus toys. Fonte de inspiração que nós temos certeza que será muito válida para várias pessoas. Então, para finalizar, fica um dica da Cris para quem adorora costura e toy art!

“A dica pra quem gosta de costura é, primeiro, não ter preguiça de desmanchar costura. Depois, não desistir e insistir sempre, porque perdendo o medo de arriscar você acerta, mesmo que não seja de primeira, uma hora de tanto insistir dá certo. O importante é não parar de tentar. Já para os fãs de toy art, a dica é acreditar na criatividade e investir na originalidade. Não existe arte que não encontre seus admiradores, pois beleza depende do ponto de vista.”

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