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Orgulho de ser Artesã | Cláudia Fajkarz

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Esta Singer azulzinha foi a minha primeira máquina de costura. Não estou dizendo a primeira que usei, pois aprendi a costurar com a minha mãe em uma clássica pretinha. Esta da foto foi uma decisão, uma escolha, um investimento. Um passo para a independência na costura, para usar quando e como quisesse, sem medo e com responsabilidade total minha.

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Foi comprada nos anos que morei em Londres. Aos finais de semana, um dos meus passatempos era descobrir armarinhos e passear em lojas de tecidos. No bairro de Islington, achei um daqueles lugares que parecem cenário de filme. No fundo da loja, haviam várias máquinas empilhadas e empoeiradas, como se estivessem desacreditadas que um dia seu dono iria aparecer. Me apaixonei por este modelo portátil, que tinha um sistema de discos para trocar o tipo de ponto (ela faz zigzag!). E ainda vinha com uma tampa-maleta, que permitiria que eu voltasse para casa de metrô carregando ela sozinha. Isso sem falar na cor! Foi minha companheira incrível por dois anos, mas hoje não é mais a minha máquina do dia-a-dia.

No Brasil, por conta da adaptação de voltagem e ciclagem, perdeu a agilidade que costumava ter. Escolhi falar dela porque, assim como um primeiro carro ou um primeiro emprego, traz muitas lembranças e emoções e faz parte da minha história.

A máquina de costura é uma das ferramentas que uso para extravasar minha criatividade. No Superziper, eu e a Andrea mostramos experiências e incursões em diversas técnicas manuais.

É muito legal ver o quanto isso inspira as pessoas, ver uma ideia puxando outra, saber que um projeto ou uma foto foi o empurrão para um caminho. Já são quase 10 anos de mão na massa, olhando para trás agora eu percebo o quanto aprendi e mudei como pessoa.

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